*Católica*, sem ser latina
*Ortodoxa*, sem ser separada
*Árabe*, sem ser muçulmana
*Estamos em comunhão com Roma mais somos Ortodoxos E CARISMÁTICOS CHEIOS DO ESPIRITO DE DEUS.
Quem nós somos
Criada em Antioquia, é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Melquita de Antioquia e de todo Oriente, Alexandria e Jerusalém.
O nome Melquita vem de mèlek que é a raiz Hebraica MELECH e siríaca para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado do imperador bizantino Marciano no Concílio de Calcedônia em 451, defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas.
Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos bizantinos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.
Já a adjetivação de sua catolicidade - "greco" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam o Império Bizantino, antigo Império Romano, serem chamados pelos muçulmanos de rumi, "romanos", uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à língua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos. Tal ligação com o Império Bizantino veio acrescentar alguns elementos bizantinos ao seu rito antioqueno de origem, tornando-o conhecido como rito bizantino. Assim, Igreja Melkita passou a ter, assim, a Divina Liturgia escrita por São João Crisóstomo e São Basílio de Cesareia.
Ainda como elemento de identidade, a Igreja Melquita é Antioquina. Seu processo de arabização começou desde segunda metade do século VIII. Foi a primeira igreja a usar o árabe como língua litúrgica, e teve como um dos seus filhos o primeiro escritor cristão que escreveu regularmente em árabe, Teodoro Abuqurra (ca. 755 - ca.830).
Depois do Grande Cisma que ocorreu em 1054, a Igreja Melquita não manifestou nenhuma posição unilateral entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, preservou sua comunhão com ambas as igrejas. Sendo assim duas vertentes dos melquitas: os católicos (também chamados de uniatas) e os ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos. A Igreja Melquita, fiel à tradição Syriaca, não usa esculturas em suas igrejas, mas apenas ícones: antes de entrar no Sancta Sanctorum pode-se sempre ver uma Cruz como a Santa Igreja Católica Assíria do Oriente.
“Não só é desnecessário adotar os modos do Rito Latino para manifestar o Catolicismo, como isso é uma ofensa à unidade da Igreja” Dom Joseph Tawil
A Igreja -Melkita Católica está em comunhão plena com o Papa através de seu Patriarca: Patriarca de Antioquia e de todo o Oriente, Alexandria, e Jerusalém (hoje, Sua Beatitude Gregório III e Sua Beatitude John x). Pertencendo a tal jurisdição, os melkitas estão diretamente ligados às origens do Cristianismo.
Seu rito se chama Siriaco e tem como línguas litúrgicas o Aramaico e o Siríaco (português é também usado em nosso país).
A Igreja Melkita é Antioquina, porque surgiu no Império Romano do Oriente, cujos habitantes eram conhecidos como Antioquenos.
A Igreja Melkita é melkita porque seu posicionamento na questão do monofisismo foi o do imperador bizantino Marciano (melkita vem do semítico e significa “real”).
O Grande Cisma de 1054, que separou Oriente de Ocidente, não reverberou no Patriarcado de Antioquia. Por 700 anos, Antioquia permaneceu indivisa entre Roma e Constantinopla. Mesmo em comunhão com Roma, a Igreja Melquita luta para preservar a tradição ortodoxa e estamos eternamente unidos com a Ortodoxia, apesar de todas as pressões. Isso significa, por exemplo, defender um papado menos centralizador, com maior autonomia e verdadeira comunhão com os bispos, além de propor o celibato opcional antes da ordenação sacerdotal. Se a nossa Igreja tiver sucesso em sua missão, mostrará ao mundo ortodoxo que é possível viver a comunhão com Roma, como no I Milênio, mas com a plenitude de suas tradições orientais. E mostrará ainda à humanidade um rosto mais policrômico da Igreja, sua unidade na diversidade, como em Pentecostes.
Várias conquistas em tal sentido feitas no Concílio Vaticano II foram em grande parte pela reconhecida atuação de nosso Patriarca Máximo IV, de eterna memória, e do Santo Sínodo dos Bispos Melquitas. Ao fim do Concílio, o então Patriarca de Constantinopla, Atenágoras, de eterna memória, disse ao nosso Patriarca Máximo: “Vós fostes a nossa voz!”.
CORAGEM PARA SERMOS NÓS MESMOS!